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O Gótico em Portugal 6 de Abril de 2009

Filed under: Uncategorized — filipa92 @ 18:32

Em Portugal o estilo Gótico aparece no final do século XII com a construção do Mosteiro de Alcobaça em 1178. Este mosteiro foi mandado construir por D. Afonso Henriques e é a primeira obra totalmente gótica a surgir em Portugal. A expansão da arquitectura gótica em Portugal deveu muito às ordens religiosas mendicantes (franciscanos, dominicanos, carmelitas, agostinhos), que construíram vários mosteiros em cidades portuguesas nos séculos XIII e XIV.


Podemos dizer que o estilo gótico tem uma representação mais marcada no Mosteiro da Batalha que foi mandado construir por D. João I para comemorar a vitória na batalha de Aljubarrota. Também a Igreja da Graça, localizada no Largo Pedro Álvares Cabral (também conhecido como Largo da Graça), em pleno centro histórico da cidade de Santarém é uma boa representante de uma arquitectura gótica.


 




Foto tirada por Daniela Pestana

Igreja da Graça – Santarém (Foto tirada por Filipa Henriques)

O Mosteiro dos Jerónimos é outro importante monumento representativo da arte gótico-manuelina. Encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. Escolhido o local, junto ao rio em Santa Maria de Belém, em 1502 é iniciada a obra com vários arquitectos e construtores, entre eles Diogo Boitaca (plano inicial e parte da execução) e João de Castilho (abóbadas das naves e do transepto – esta com uma rede de nervuras em forma de estrela -, pilares, porta sul, sacristia e fachada) que substitui o primeiro em 1516/17. No reinado de D. João III foi acrescentado o coro alto.


Aqui encontramos os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa. Todos eles extremamente detalhados e com imagens muito detalhadas.A escultura gótica tem a sua génese no nosso país quando Portugal se vira para a Europa, conseguida a dimensão definitiva do território, em tempos de D. Afonso III. Nos templos paroquiais, nos dos cenóbios, nos oratórios de senhores laicos e eclesiásticos de todas as partes do Reino, viam-se imagens de santos saídas das mãos dos escultores. A partir de meados do século XIII, a cidade e os seus artistas começaram também a representar túmulos. Os túmulos eram a forma mais representativa do gótico, eram altamente decorados e com bastantes detalhes nas figuras que neles estão inseridas.


 




Autoria da foto: Daniela Pestana

Fonte das Figueiras – Santarém (Autoria da foto: Daniela Pestana)

 

A arte gótica

Filed under: Uncategorized — filipa92 @ 18:00

A arquitectura 

     O estilo gótico predominou na construção de edifícios religiosos e seculares, na escultura, na decoração do vidro colorido, em iluminuras manuscritas e em todas as artes decorativas, desde cerca de 1130 d.C. até ao final do século XV. Originalmente, o termo “gótico” era usado pelos escritores do Renascimento italiano para designar a arte e a arquitectura consideradas bárbaras e que sucederam, na Idade Média, o antigo estilo românico.
A Idade Gótica é considerada uma das eras artísticas mais esplendorosas da Europa. A Arquitectura foi a principal expressão da Idade Gótica. Emergindo na primeira metade do século XII, de antecedentes românicos, a arquitectura gótica foi dominante até ao século XV quando, junto com o Renascimento, apareceram outros estilos. Apesar da grande quantidade de monumentos seculares construída no estilo gótico, este estilo foi utilizado principalmente pela Igreja, o maior construtor da Idade Média, quando o gótico evoluiu e atingiu a sua plenitude.

     A característica mais distintiva da arquitectura gótica é o seu tipo de abóbada, feita em arcos cruzados, que, em combinação com arcos transversais, se apoiam nas colunas de alvenaria que suportam a abóbada. Embora as igrejas góticas tivessem, desde logo, assumido uma grande variedade de formas, a construção de uma série de grandes catedrais no norte da França, iniciada na segunda metade do século XII, tirou proveito da nova abóbada gótica.

  

Rosácea - Foto de autoria de Daniela Pestana

Rosácea - Foto de autoria de Daniela Pestana

 

 

 

 

 

Características gerais

  • Verticalidade dos edifícios substitui a horizontalidade do Românico;
  • Paredes mais leves e finas;
  • Contrafortes em menor número;
  • Janelas predominantes;
  • Torres ornadas por rosáceas;
  • Utilização do arco de volta quebrada;
  • Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas;
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         A catedral pode ser considerada o expoente máximo da arquitectura gótica, nela podemos encontrar várias características, tais como: os arcos quebrados, a presença de rosáceas, as abóbadas de cruzamento de ogivas, os vitrais, o arcobotante e a arquitrave. Pode ser também característico da arquitectura gótica uma arquitectura muito detalha e com grande rigor em tudo o que é representado nos monumentos de natureza gótica. São também características as torres imensamente altas que podiam ser vislumbradas a vários quilómetros de distância. No interior das catedrais podemos dividir a sua forma em 4 partes: a nave central, a nave lateral esquerda, a nave lateral direita e o transepto. Podemos dizer que o vitral é um autêntico livro de imagens sobre a história da religião cristã. Dizemos isto porque o vitral contém imagens de todos os santos e de todas as histórias que marcaram o percurso da religião. Estas imagens foram criadas porque na altura grande parte da população, até mesmo a maioria, não sabia ler nem escrever, então através das imagens representadas nos vitrais estas pessoas sem estudos poderiam saber um pouco mais sobre a história da religião.

     

     

     

     

      Igreja de Santa Clara - Santarém     (Foto da autoria de Filipa Henriques)

     Igreja de Santa Clara – Santarém (Foto da autoria de Filipa Henriques)

     

     

     

             Autores: 

     

    Helder Vitorino

    Lucas Batista

    Vasco Silva

    Tomás Rosa

    Gonçalo Rita